Você?
Nunca foi de verdade.
Era só o benefício próprio
A salvaguarda do gosto particular
Do interesse íntimo.
Buscou aqui o que queria
E levou fácil acenando para um sorriso meu.
Você nunca foi a verdade que eu desenhava com a minha carência.
Foi um contorno vazio do que parecia ser e jamais foi.
Juntou-se à minha realidade crua e entregue sem defesas.
Desse jeito, fez as cópias que queria e replicou o que eu pensava.
Ganhou todas as vantagens por cortesia.
E então se foi.
Mentindo-se por aí.