Inhotim – das lindezas de uma terra brasileira

Na semana passada eu estive, pela primeira vez, em Inhotim, o belíssimo Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico que fica em Brumadinho, Minas Gerais. Reconhecido como uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) pelo Governo de Minas Gerais e pelo Governo Federal, o local tem um acervo de arte contemporânea de excelência, constituído por obras que brilham sob o sol e a sombra do jardim e que também se organizam em modernas galerias espalhadas por 140 hectares. O que se vê é uma íntima interlocução entre Arte e Natureza que enche os olhos e desperta a alma para boas e profundas reflexões. A correria do dia-a-dia urbano revelou-se, quando submergia da minha memória recente, algo absolutamente desprovido de sentido. A grandeza de Inhotim me provocou rever meus vazios. Doeu. Mas me elevou.

Banco construído a partir do tronco caído de uma árvore – Inhotim, Brumadinho – MG, Brasil
Pé de quê eu não sei… mas é lindo!
Umas das lindezas que minha fóvea viu!!!
Ramos, ramos, ramos, ramos… “Balançando naqueles galhos, descansava qualquer pensamento…”
Uma Phalaenopsis assim… sendo rosa e feliz em meio ao verde todo.
Por ilhas e pontes e árvores, árvores, árvores…
Etlingera Elatior e Heliconias esbanjando vida.

A Exposição “Árvores, galhos e outros ramos”

“Árvores, galhos e outros ramos” é um projeto de Artes Integradas, premiado no Edital ProAC n.o 40/2017, de autoria compartilhada entre Grace Donati – esta blogueira aqui – e André Marques. Construído sobre o diálogo contínuo entre a Ciência, a Poesia, as Artes Visuais, o Teatro e a Performance, o projeto é a exaltação das árvores, desta vida quieta que nos permite existir. A Exposição está aberta à visitação na Galeria Municipal “Angelina W. Messenberg”, em Bauru, no interior de São Paulo. Visite a página do projeto no Facebook:  Árvores, galhos e outros ramos no Face. Ouça algumas poesias declamadas em nosso canal do Youtube:

Canal do Projeto “Árvores, galhos e outros ramos”

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Trilha úmida

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Vieram nuvens nubladas
E elas me lembraram
Do imprevisto, da grandeza dele
Do que a natureza faz quando se rende a si mesma.
Eu vi a curva quando esperava seguir em reta
Encontraram-me pedras quando eu previa folhas
A água escorria nos veios abertos quando eu ansiava pela terra seca.
Fui solenemente guiada, conduzida na trilha úmida
E assim… entregue…
Quando eu esperava decidir eu mesma onde pisar
A vida chovendo fez suas escolhas por mim.

Foto de Grace Cristina Ferreira-Donati, Trilha da Pedra Redonda, Monte Verde, MG.