Há muitos anos, num dia em que me senti especial por ser mulher, escrevi uma poesia simples, imperfeita, quase boba, mas honesta. Hoje, em meio a mulheres fortes e altivas, rememorei a mesma sensação e a poesia que registrou um dia antigo. Com todas as mulheres, compartilho minha lembrança.
Se as mulheres tivessem asas
Nossos sonhos voariam mais alto
Com a sedução da natureza feminina
Os devaneios do real seriam castos.
Se as verdadeiras mulheres voassem
Voariam nossos anseios certos
Viajariam as sementes dos fatos ideiais
E colheríamos na vida sonhos nossos secretos.
Se as mulheres aladas fossem
Fosse a vida como fosse
Nos moldaríamos na leveza das asas que fogem no ar
Viveríamos na vida como no sonho se sustenta o sonhar.
“The Angel” de William Baxter Palmer Closson (1848-1926)