A breve reflexão é de julho de 2015 e teve por inspiração o filme sueco-dinamarquês Haevnen, de Susanne Bier. Hoje, porém, no Dia da Confraternização Universal ou Dia Mundial da Paz, ganhou maior sentido.
O que fazem as pessoas de suas próprias raivas?
Vejo algumas pessoas, embalando sua raiva, com meticuloso e preciso movimento como se criassem esferas com massa de modelar… E guardando-as. Outros a disseminam em doses homeopáticas de aspereza, e ostetam, mesmo silentes, generosa artilharia.
Vejo algumas outras pessoas vaporizando a própria raiva, transformando-na em éter, tentando a segurança da invisibilidade.
Algumas pessoas a embalam, outras a sufocam, outras a seguem e algumas poucas a transformam… De pulsão de dor a pulsão de amor. “Eu aceito, entrego, confio e agradeço”. E assim, uma cor é levada a ser outra. Um movimento flui para outro, vertendo-se em vida nova, em transformada vida.
O que você tem feito de suas raivas?