Eu quero o pulso
O riso
O súbito.
Quero o peso
O gozo
O ímpeto.
Eu quero o susto
O jogo
O lúdico.
Quero o erro
O sopro
O rústico.
E em querendo,
Quero a lembrança do seu cheiro
O olhar fagueiro
O amor inteiro.
Eu quero o pulso
O riso
O súbito.
Quero o peso
O gozo
O ímpeto.
Eu quero o susto
O jogo
O lúdico.
Quero o erro
O sopro
O rústico.
E em querendo,
Quero a lembrança do seu cheiro
O olhar fagueiro
O amor inteiro.
Ela quer o querer do agora
Sem hora
Afora
O querer que aflora
Demora
E olha
Ela quer… querer
À forra
Cora
Ela quer o querer que acorda
E transborda
Mucosa
Ela quer a flora
A prosa
Rosa
Ela quer o querer, o agora
Sem hora
Maliciosa.
…me encontrei serena na trêmula carne
…me arranquei sangrando.
Escondi possessões erradas
Planejei histórias vis
E vi no calor de meus afagos
A possibilidade de em êxtase seguir
Perpetuando a espécie do meu riso
Por ser sempre e ter contornos
Pelos cantos e inebriantes jeitos…
Em meus toques certos males
De fêmea em tanta sanha.
(Junho de 1999)
Grafismo da autora.