A gente tenta cuidar de quem tanto nos cuidou
A gente tenta suavizar a dureza dos dias da velhice
A gente tenta oferecer belezas e facilidades
E assiste tristemente a resistência dos calos formados na vida
Que não cedem
Que não aceitam
Que já não mudam mais.
Mês: agosto 2024
Esperançar
Espere.
Espere ar.
Espere ansiando
Experimentar
Que a vida só tem ida
Se esperançar
E só se faz dia é no lidar
Num toar
À toa de respirar
Inspirando tudo o que se tem de ar
E vagar.
E lar.
Inspire amar.
Inspire mais para além do
Existenciar
Esperanceie todos eles
A se enamorar
Dos dias e das vidas
Do céu ao mar
De si mesmo
Da cria
Expirar.
Não tem dia certo para esperar.
É só viver hoje
A esperança de ontem.
Inspirar
E amar.
“Aliterados e Rimados”, meu primeiro livro de poesias para crianças
A alegria que acende meu coração nestes dias é o lançamento do meu primeiro livro de poesias para crianças. É o “Aliterados e Rimados – os amigos do Bicho Belisco – prática poética pela Consciência Fonológica”, publicado pela editora Ipê das Letras.
A obra é fruto de uma parceria com a Fga. Dra. Thaís Freire, que escreveu a fundamentação técnica das habilidades estimuladas pelas poesias e, com uma visão empreendedora singular, foi delineando comigo o formato, a estrutura e o jeito de dialogar com os profissionais, pais e mães que usarão o livro, como um instrumento de desenvolvimento, com as crianças. As habilidades mais estimuladas envolvem a percepção de rimas e aliterações, e realizar outras manipulações de partes das palavras: as sílabas e os fonemas. Estas, competências especiais para o desenvolvimento de ritmo e musicalidade na fala, leitura e escrita.
As ilustrações e a diagramação são produtos do talento e da criatividade do ilustrador André Marques. Foi ele que deu vida e cor ao Bicho Belisco, à Zula Zuluca, ao Dino Dorico e a todos os demais membros da trupe que representam todos os fonemas da língua portuguesa.
Escrever as 50 poesias foi, para mim, uma imensa libertação. Minha escrita esteve, desde a infância, muito vinculada às minhas angústias, sofreres, desconfortos, tristezas e dor. Foi assim que me enlacei com as letras desde muito pequena, para me salvar. Então, foi uma propulsão grandemente inovadora para mim escrever palavras engraçadas, fazer piadinhas, histórias simples e leves, diálogos pueris. E como foi divertido! Meu mundo particular se expandiu para sempre, não apenas por quebrar limites no meu jeito de ser escritora e poetisa, mas por me descobrir capaz de levar para a escrita a leveza que eu sempre vivi nas relações com as crianças, em quase 25 anos promovendo o desenvolvimento da linguagem dos pequenos. Tudo isso me fez muito bem! E continuará fazendo porque é divertido demais!
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