Um pensamento.
Outro.
Mais três e outros quatro.
E mais alguns.
E tantos.
E aqueles também.
Mais cem.
Penso qualquer pensamento
E o que nem se é de pensar
Penso o que se é de fazer
E de ser só de passar
Tudo vira pensar
Nem só o que é lamento
E no que penso e peso
Vira pesamento
Tudo o que penso
De pequeno vira aumento
De um vira um cento
E daí tormento.
desassossego
Sentir em curtas XXIX
De vazio em vazio, sigo preenchendo o nada.
Alma arredia
Fenestrada
Errada
Falha póstuma
Na alma chorosa a lástima
Ou o que a valha
Na penumbra
Destes dias compridos, infinitos e arredios.