O tórax sobe e desce
Lento e ritmado
Eu descanso meus olhos
Nesse movimento
De vida
De resistência
Que se mantém sob a coberta quente
No ambiente hostil
Velo o sono
E minha esperança forte
Na força da guerreira
Pequena e abatida
Insistente
Sustento meu alerta
Na sua respiração
Silenciosa
Às vezes na tosse
Às vezes na inquietação
Há um fio de vida
Há vários fios de vida
São eles firmes
Fortes
E atentos
Irão movê-la da cama dura
Para flutuar nesse ar
Que nos oprime
Desde sempre.
doença
Sentir em curtas XXXI
Tem uma tosse que me cala a voz e me caleja a sós.
Eu tento não negociar com a biologia dos meus invasores.
Mas me vejo implorando por trégua
Pra voltar ao antes ou ir ao depois.