Não há nada em mim que valha a pena arquivar e esquecer num canto escuro da alma. Tudo o que passou em mim, rasteiro e corrido… e tudo o que ficou aqui acalentado, acolhido faz de mim o que eu posso ser, aquilo que é pouco, ainda que digno, inteiro.
eu
Florbela Espanca me usando como primeira pessoa
Eu
Não sei ser pouco ou rasa ou pequena ou fraca
Não sei ser distante ou fugidia, minguante ou vazia
Tampouco amena ou seca
Fria, apatia.
E embora me tomem reta e certa e pronta
Sou chuva errada, forte e tórrida
O desvario em uma lógica
O mundo em uma gota
Esta confusão toda.