De 20 de agosto de 2014
Um dia, serei amiga do meu tempo
Só farei coisas que o agradam
Cuidarei da sua vida com zelo
Como quem carrega o último copo d’água.
Um dia, viverei o tempo com a economia do cuidado
Com a delicadeza, a gentileza do compromisso
Exercitando o uso consciente do valor
Do que se estima tanto por ser inestimável.
Meu tempo, hoje, não se flete às minhas vontades
Não se dobra ou se contamina
Não me pertence. E, em seu rigor,
Manejado pelo vazio, me arrasta.